Adeus, meus sonhos!

Adeus, meus sonhos, eu pranteio e morro!
Não levo da existência uma saudade!
E tanta vida que meu peito enchia
Morreu na minha triste mocidade!
Misérrimo! Votei meus pobres dias
À sina doida de um amor sem fruto,
E minh'alma na treva agora dorme
Como um olhar que a morte envolve em luto.
Que me resta, meu Deus?
Morra comigo
A estrela de meus cândidos amores,
Já não vejo no meu peito morto
Um punhado sequer de murchas flores!

Álvares de Azevedo

domingo, 29 de julho de 2012

Romeo and Juliet

Credea  Romeo che la sua sposa bella
giá morta fosse, e viver piú non volse,
ch'a sé la vita in grebo a lei si tolse
con l'acqua che "del serpe" l'uom appella.

Come conobbe il fiero caso quella, 
al suo signor piangendo si rivolse
e quando puoté sovra quel si dolse, 
chiamando il ciel iniquo ed ogni stella.

Veggendol poi la vita, oimè, finire, 
piú di lui morta, a pena disse:-O Dio, 
dammi ch'io possa il mio signor seguire:


questo sol prego, cerco e sol desio,
ch'ovunque el vada io possa seco gire.-

E ciò dicendo allor di duol morio.

*Epitáfio entalhado sobre a sepultura de Romeu and Juliet.

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